Sensores da Língua da Cobra
Como a maioria dos animais do planeta, as cobras têm cinco sentidos normais: visão, tato, olfato, audição e paladar. Alguns dos seus sentidos são um pouco limitados, se comparados com outros animais, porém, alguns se estendem além do comum.
As cobras, por exemplo, não têm aberturas externas para os ouvidos. Sua audição está ligada ao osso da mandíbula, e costuma captar sons bastantes baixos.
No caso da visão, por exemplo, a sensibilidade varia muito de cobra para cobra. A maioria consegue distinguir melhor objetos que estão em movimento, enquanto algumas, como no caso da cobra-cega, enxergam melhor tons de claro e escuro, como negativos. Suas pálpebras são, em geral, transparentes e sólidas.
A língua das cobras é a parte mais interessante de sua anatomia. Apesar de assustar bastante pelo seu formato e pela atitude peculiar de sibilar (movimento que consiste em balançar a língua no ar), as línguas das cobras são inofensivas. Na verdade, o veneno secretado por certas cobras está alojado nas glândulas de veneno, localizadas nas presas (espécie de dentes, grandes e afiados).
As cobras não possuem nariz, então utilizam sua língua bifurcada como sensor de odor. É seu principal sensor. As moléculas de odor são captadas pela língua, enviadas para o interior da boca, onde são captadas por dois sensores localizados nas extremidades direita e esquerda do palato, e a informação é repassada ao cérebro. Através dessa informação que é enviada ao cérebro, o animal consegue distinguir se a sua presa está movimentando-se para a direita ou para a esquerda. Usando este método, uma cobra pode mais efetivamente encontrar e capturar sua presa.
Algumas espécies de cobras têm pequenos furos ou poços em seus rostos (incluindo víboras, jibóias e pítons), que lhes permitem distinguir as mudanças de temperatura na direção que eles estão apontando. Essas mudanças de temperatura, em conjunto com o olfato formam um ótimo sistema de rastreio de presas. Elas dão preferência para presas com temperatura mais alta, e algumas espécies chegam até a detectar o calor de raios infravermelhos.