Cobra Cipó ou Cobra Verde

Também conhecida como boiobi, que significa “cobra verde” em tupi, a cobra cipó é o nome dado as serpentes do gênero Chironius. Essa cobra possui várias espécies, como a cobra-cipó-marrom, é encontrada nas zonas tropicais e equatoriais da América do Sul, principalmente em áreas da Mata Atlântica, e não é peçonhenta.

Características da cobra cipó

As cobras cipós geralmente tem um tom de pele esverdeado, com misturas de vários tipos de verde, vermelho e laranja que faz com que elas se mimetizem muito bem no meio ambiente.

Podem chegar a medir 1,80 metros de comprimento, tem um corpo muito fino, cauda longa e olhos grandes.

Possuem hábitos arborícolas (vivem nas árvores) e diurnos, sendo muito ativas nas primeiras horas do dia, e gostam de se alimentar de lagartos, insetos, pássaros e pererecas.

Além disso, são cobras muito rápidas e quando se sentem ameaçadas são agressivas. Atacam até mesmo animais muito maiores e depois fogem.

A cobra cipó é ovípara, onde a cada período de gestação põe de 10 a 15 ovos, em média, sempre no início de estações chuvosas. Quando os filhotes nascem, já são independentes e aptos para caçar.

Essa cobra tem o tipo de dentição opistóglifa, cujos dentes inoculadores de peçonha se encontram na parte posterior do maxilar superior.

Por causa da posição dos dentes, muito raramente consegue injetar veneno e por isso não oferece riscos aos seres humanos.

Habitat da cobra cipó

Apesar de não ser tão simples encontrar a cobra cipó por conta da sua capacidade de se camuflar, ela vive em espaços florestais, mais especificamente na Mata Atlântica, onde consegue se esconder ainda melhor em meio a folhagens.

Assim, pode ser vista desde a parte Oeste até o Sul do Brasil, sendo presente também em países que realizam fronteiras com o nosso país mais para o Sul, a exemplo da Argentina e também do Uruguai.

Espécies de cobra cipó

As espécies registradas da cobra cipó são:

  • Chironius bicarinatus;
  • Chironius carinatus;
  • Chironius exoletus;
  • Chironius flavolineatus;
  • Chironius fuscus;
  • Chironius grandisquamis;
  • Chironius laevicollis;
  • Chironius laurenti;
  • Chironius monticola;
  • Chironius multiventris;
  • Chironius quadricarinatus;
  • Chironius scurrulus;
  • Chironius vincenti.

Algumas dessas espécies apresentam dimorfismo sexual, ou seja, características bem distintas entre machos e fêmeas, principalmente relacionadas ao tamanho, já outras espécies não apresentam essa característica.

Além disso, nem todas as espécies vivem a maior parte do tempo nos galhos das árvores. As espécies Chironius laevicollis e Chironius fuscus podem sem facilmente encontradas rastejando pelo chão.