Cobras Vermelhas – Tipos e Nomes
A Naja Pallida é uma das cobras vermelhas mais famosas do mundo, mas além dela existem outras como a cobra coral, que é, geralmente, uma cobra vermelha com preto, amarelo ou branco e a cobra do leite que é vermelha e branca quando é albina.
A Naja Pallida é uma serpente da família Elapidae que vive no leste da África e é caracterizada por esguichar veneno no rosto dos predadores, causando cegueira temporária ou permanente, em alguns casos.
As cobras vermelhas são conhecidas por serem perigosas, mas nem todas as cobras que possuem uma coloração avermelhada ou alaranjada são venenosas ou oferecem grande perigo, pois existem algumas cobras vermelhas que mimetizam a cor das serpentes verdadeiras para enganar os seus predadores, como é o caso da falsa coral.
Naja pallida – Cobra vermelha
A Naja pallida vive na África, é uma cobra terrestre e muito rápida. Suas escamas são vermelhas e brilhantes, com um anel de coloração preta no pescoço. Trata-se de uma serpente cuspideira perigosa, cujo veneno é esguichado diretamente no rosto dos predadores, podendo causar cegueira temporária e até permanente.
Ela mede entre 0,70 cm a 1 metro de comprimento, podendo chegar a até 1,5 metros mais raramente.
O veneno da Naja pallida é neurotóxico e citotóxico, afetando os neurônios e as células. Seus sintomas incluem dor ao redor da ferida, adormecimento dos lábios, língua e dedos. Não costuma causar morte em humanos, mas o veneno pode deixá-los desfigurados no local atingido.
Cobra vermelha e preta
A cobra coral é uma cobra vermelha e preta que pode possuir ou não anéis pelo corpo e apresentar uma variação dessas duas cores com o branco e amarelo. Ela é encontrada em regiões da América do Sul, América Central e Sul dos Estados Unidos.
A cobra coral verdadeira se diferencia da falsa coral pelo tipo de dentição, que é proteróglifa, ou seja, seus dois dentes não são retráteis e fica na parte da frente de seu maxilar superior, enquanto as falsas corais possuem dentição áglifa (dentes maciços que não injetam veneno) ou opistóglifa (dentes localizados na parte de trás no maxilar).
A olho nu é muito difícil distinguir a coral verdadeira da falsa coral, porque essa última mimetiza todas as características de cor de pele e hábitos da primeira como um mecanismo de defesa, para que seus predadores possam se confundir, por isso a única característica que realmente os diferencia é o tipo de dentição.
Tanto a coral verdadeira quanto a falsa coral podem ter diferentes conjuntos de cores de pele. Algumas apresentam apenas a cor vermelha com a cabeça preta, outras apenas anéis vermelhos e pretos, vermelhos e brancos, vermelhos e amarelos ou ainda todas essas cores juntas.
Cobra vermelha e branca
Tanto a cobra coral quanto a cobra do leite são cobras vermelhas e brancas.
A serpente do leite (Lampropeltis Triangulum) é uma cobra não venenosa encontrada em regiões florestadas e padrarias abertas da América Central, América do Sul, sudeste do Canadá e grande parte dos Estados Unidos.
Ela mede entre 0,90 e 1,34 metros de comprimento e pode viver até 12 anos. São ovíparas, colocando cerca de 10 ovos por vez que geralmente eclodem nos meses de agosto a setembro.
Quando é jovem a cobra do leite se alimenta de lesmas, grilos, minhocas, insetos e, quando é adulta, se alimenta principalmente de roedores, aves e répteis. Ela é muito semelhante a cobra coral nas cores e possui 24 subespécies.
Existe um mito que diz que as cobras de leite têm esse nome porque suga o leite de vacas, no entanto isso é apenas um mito, pois as cobras de leite não têm capacidade física para poder sugar o leite de uma vaca.
Phalotris Shawnella
Encontrada recentemente no Paraguai, a Phalotris Shawnella é uma cobra de meio porte que tem hábitos semi-subterrânos, o que significa dizer que podem passar uma grande parte da vida escondidas abaixo da terra, saindo apenas para momentos como a caça, o que pode ter contribuído para a catalogação tardia da espécie.
Diante de um tom intenso de vermelho acompanhado também por faixas marrons, a espécie logo chamou atenção dos pesquisadores, que atualmente seguem em busca da sua manutenção para que não seja extinta.
Cobra-liga
Ainda que não seja inteiramente vermelha, essa está entre as cores mais presentes no corpo esguio da Cobra-liga, espécie que não por acaso também está entre as mais bonitas do mundo, chamando muita atenção pela sua aparência.
As cores marcantes em alguns casos ganham um brilho único, nos lembrando tons neons, um detalhe bastante específico que colabora para o seu destaque em meio a natureza, ainda que infelizmente esteja hoje em sério risco de extinção.
Kukri Cambojana
Encontrada no Camboja, o que explica seu nome, a Kukri Cambojana é uma espécie de tonalidade vermelha mais fechada que conta com algumas faixas brancas contornadas com preto ao longo do seu corpo, uma característica similar a que vemos na coral, mas que na prática se apresentam de forma bem diferente.
Em razão da ameaça ambiental ao seu habitat, a espécie corre sérios riscos de extinção.